Dia do pai, dia do pai e mais dia do pai... Para mim é um dia como outro qualquer, sei é complicado chegar ao 18 anos e não poder celebrar este dia com ninguém, sim tu foste embora e desde então nunca consegui considerar ninguém como meu pai, venha quem vier nunca conseguirei, até mesmo tu, se um dia voltares não te considero como tal, nunca foste capaz de me criar, não me deste educação, não tiveste cá em nenhum momento da minha infância praticamente e se alguma vez tiveste eu nem dei conta, tal como tu nunca deste conta que tens um filho, ou que pelo menos tinhas um filho, a crescer e que sempre precisou do teu apoio.
Nem sei como consegues dormir em dias destes, dias em que podias estar aqui ao pé de mim a celebrar, podíamos até ir ver um joguinho de futebol ou simplesmente ir ao café beber umas jolas, desde que o momento fosse contigo tudo estaria bem... mas não, preferiste ir assim sem explicações, sem motivos para tal, não acho justo para um miúdo nascer com um pai assim, sem coração, sem nada de bom para dar a alguém, quer dizer, devo te descrever com a palavra PAI? Acho que mais se adequa COBARDE.
O problema sou eu, essa é a grande verdade. Não mereço nada, não mereço o chão que piso, não mereço o lado bom das pessoas. Apego me, apego me rápido demais, se é que me apego realmente, na minha cabeça penso que sim e quando chego a meio vejo que não dá mais, acabo por desiludir as pessoas sem me aperceber disso. Não deveria ser assim, eu não sei que se passa dentro de mim, já não me conheço, não sei se este sou realmente eu, mas se for, eu juro que não me quero conhecer mais. Desiludido comigo mesmo, é assim que estou.
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